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Glossário do Samba - Carnaval

Samba

Escola de samba
Uma Escola de Samba envolve muito mais elementos do que um folião pode imaginar. Até o glorioso dia de entrar na avenida, milhares de pessoas vivem uma rotina diária de samba, suor e dedicação. Trata-se de um universo à parte, composto por personagens, regras e termos característicos. Leia o nosso glossário e conheça um pouco mais sobre o dia a dia e a estrutura das agremiações.
Glossário do Carnaval
Abre-alas
Primeira alegoria da Escola de Samba. Em geral, o carro abre-alas traz o nome da agremiação e os símbolos que a caracterizam.

Ala das Baianas

Uma das mais importantes e tradicionais alas das escolas de samba, reúne as mulheres mais velhas da comunidade, com trajes estilizados de baianas, grandes saias com anáguas e armações, que dançam evoluindo em giros ao redor de si mesmas. A ala presta uma homenagem às “Tias Baianas”, senhoras negras baianas que abrigaram em suas casas as primeiras rodas de samba no Rio de Janeiro, no início do século XX.

Ala das Crianças

Exclusiva para o desfile das crianças, em geral filhos de membros da comunidade que aprendem desde cedo as tradições e características da agremiação.

Alegorias e adereços

As alegorias correspondem aos cenários montados nos carros alegóricos e os adereços aos enfeites distribuídos entre integrantes que desfilam no chão. Ambos são avaliados pelos jurados, que levam em conta a criatividade, o resultado visual das cores e materiais utilizados, o acabamento, além da adequação ao enredo proposto.

Apito

Instrumento utilizado pelo mestre e pelos diretores de bateria para reger os ritmistas.

Agogô

Produz o som mais agudo da bateria. É feito de copos cônicos moldados em ferro. O ritmista bate nos copos alternadamente, com uma baqueta de madeira ou de metal.

Barracão

Galpão onde as escolas de samba preparam as fantasias, alegorias e adereços, além de toda estrutura dos carros alegóricos.

Bateria

É uma orquestra com uma média de 300 ritmistas, que tocam instrumentos de percussão (surdo, caixa, repique, tamborim, chocalho, ganzá, agogô, reco-reco, cuíca, apito, prato e pandeiro) e conduzem o ritmo do desfile. O julgamento da Bateria leva em conta a criatividade, a versatilidade, o conjunto de sons emitidos pelos vários instrumentos e sua cadência em relação ao samba-enredo.

Caixa

É o instrumento que dá o som característico e o andamento ao samba. Cada escola de samba possui sua batida de caixa. Podem ser do tipo caixa de guerra ou tarol. São tocadas na altura da cintura ou no ombro.

Carro alegórico

Grandes veículos ornamentados com figuras alegóricas esculpidas em peças de isopor e sustentadas por estruturas de ferro e madeira. Os carros contam ainda com efeitos especiais, como jogos de luzes, movimentos e pirotecnia.

Carnavalesco

Profissional responsável pelo enredo e pela produção do desfile. É quem elabora as fantasias, alegorias e adereços.

Comissão de Frente

Linha de frente da Escola de Samba, é o primeiro grupo a desfilar, composto por 10 a 15 pessoas, que têm a missão de saudar o público, apresentar a Escola e introduzir o enredo do desfile. Coordenação, sintonia e criatividade de sua exibição são avaliadas.

Componentes

Integrantes do desfile da agremiação.

Concentração

Momento antes do desfile em que todos os componentes ficam reunidos, esperando a vez de entrar na avenida. Os dirigentes e puxadores aproveitam para passar mensagens à comunidade e a bateria começa a tocar o que é conhecido como “esquenta”. É cantado o samba exaltação e executados os gritos de guerra da agremiação.

Conjunto

A nota deste quesito é definida de acordo com a uniformidade e o equilíbrio artístico ao longo de todo desfile.

Chocalho

Instrumento que aparece mais nos refrões e fica passagens inteiras do samba sem ser tocado. O chocalho ajuda a caixa a dar o suingue ao samba.

Cuíca

Produz uma espécie de gemido ou ronco, quando o ritmista esfrega uma flanela na haste que fica em seu interior e puxa o couro que reveste o instrumento.

Destaques

Pessoas que ocupam os lugares mais altos dos carros alegóricos.

Dispersão

Espaço destinado à saída das Escolas da avenida.

Enredo

Tema ou conceito de que tratará o desfile da Escola de Samba. É o quesito de avaliação em que é julgada a ideia, o desenvolvimento sequencial das alas, alegorias e fantasias, a capacidade de compreensão do enredo a partir da ordem do desfile e a criatividade.

Evolução

Quesito em que os jurados avaliam se os foliões acompanham a escola de acordo no ritmo do samba-enredo e na cadência da bateria. O deslocamento dos componentes pela avenida deve acontecer com empolgação e de modo ordenado, sem correrias, buracos entre as alas ou retrocessos.

Harmonia

É julgado o entrosamento entre o ritmo da música, a bateria e o canto do intérprete do samba. Todos os componentes da escola precisam cantar a música junto com o puxador, para não “atravessar o samba”.

Jurados

Grupo escolhido pela Liga das Escolas de Samba para avaliar os desfiles, composto por sambistas e profissionais de diversos setores, como artistas visuais, estilistas, jornalistas, historiadores e pesquisadores. Cada jurado dá notas somente para um dos quesitos.

Mestre ou Diretor de Bateria

É o maestro da Escola de Samba, que comanda a Bateria em seus breques e viradas. Ele é auxiliado por outros diretores, que reforçam os comandos do samba para cada ala dos instrumentistas.

Mestre-Sala e Porta-Bandeira

A porta-bandeira leva o Pavilhão, o símbolo mais importante da escola, enquanto cabe ao mestre-sala apresentá-lo ao público. A dupla é julgada pela harmonia, graça e leveza em que executa os movimentos clássicos da dança, como “pião”, quando a dama gira, fazendo a bandeira flutuar, enquanto o mestre-sala pula, salta e dança ao redor dela. Geralmente, uma agremiação tem mais de um casal.

Paradinha

Momento no samba em que os instrumentos param de tocar e retornam de maneira diferente, provocando um efeito sonoro emocionante. Criada por Mestre André, da Mocidade Independente de Padre Miguel.

Puxador

Intérprete e responsável pelo andamento do samba-enredo, que entoa a música acompanhado por cantores de reforço, cavaquinho e violão, enquanto a bateria toca e os componentes fazem o coro do samba.

Quadra

Sede da Escola de Samba, onde acontecem os ensaios, as festas e parte da produção das alegorias e fantasias.

Rainha de Bateria

Mulher que vai à frente da bateria, sambando e abrindo caminho para os ritmistas. Jovens da comunidade ou artistas são escolhidas para o cargo, assim como para as derivações (madrinha, musa, princesa).

Recuo da Bateria

É uma manobra feita pela Bateria em um espaço no meio do percurso da avenida, para que o ritmo seja mantido em todas as alas durante o desfile. O recuo pode acontecer de frente, de ré ou lateralmente. Durante a entrada e a saída, no final do desfile, não podem se formar buracos, com risco da escola ser penalizada.

Repique ou repinique

É um tambor pequeno, tocado com uma baqueta em uma das mãos enquanto a outra mão toca diretamente sobre a pele, que emite um som mais agudo. É bastante utilizado nas paradinhas e nas viradas do samba para indicar a introdução dos demais instrumentos do samba. Também é utilizado em batucadas solos.

Ritmistas

Integrantes da Bateria.

Samba de enredo

Samba composto para contar o enredo escolhido pela agremiação. A letra precisa ter beleza poética, refrões fortes e estar em sintonia com o que é apresentado nas diferentes alas da Escola. Neste quesito também é avaliada a riqueza da melodia.

Fantasias

Neste quesito são julgadas as fantasias apresentadas pela escola, com exceção das que estiverem sobre as alegorias, as fantasias do casal de mestre-sala e porta-bandeira e a fantasia da comissão de frente. Criatividade, harmonia de cores e formatos, exploração de materiais e acabamentos cuidadosos na confecção e a representação adequada do enredo são os itens avaliados neste quesito. Figurinos incompletos fazem a escola perder pontos.

Samba de exaltação

Samba que é cantado antes do samba de enredo e da entrada da Escola na avenida, glorifica a agremiação e sua tradição.

Subida do samba

Instante em que o samba começa a ser tocado com todos os instrumentos em sintonia.

Velha Guarda

Componentes mais antigos e importantes de uma escola de samba, muitas vezes fundadores das agremiações. Ocupam posição de honra na avenida, fechando o desfile, em que se apresentam vestidos com trajes característicos, como ternos nas cores da Escola e chapéus Panamá.

Surdo de primeira

O maior surdo tem a nota mais grave e marca a primeira batida no samba, dando a referência de tempo para todos os ritmistas, junto ao surdo de segunda. É tocado com uma baqueta em uma das mãos e com os dedos ou a palma da mão da outra.

Surdo de segunda

Conhecido como surdo de resposta, é menos grave que o de primeira e marca a segunda batida. É tocado com uma baqueta em uma das mãos e com os dedos ou a palma da mão da outra.

Surdo de terceira

É o menor dos surdos. Seu papel é fazer um contraponto aos surdos de primeira e de segunda e, por isso, é chamado de corte ou cortador. Garante balanço à marcação e a batida também varia de escola para escola. É tocado com uma baqueta em uma mão e com os dedos ou a palma da mão da outra.

Tamborim

Instrumento que faz o desenho do samba, ou seja, improvisos durante o andamento das caixas e surdos. Sua levada básica é chamada de "carreteiro".
Textos extraídos do Portal Brasil www.brasil.gov.br



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